domingo, 5 de dezembro de 2010

Perfil - Michelle Melo



Cabelos loiros, lisos e compridos, alta, 72 quilos e de seios fartos, Michele Melo é dona de uma simpatia enorme, de 50% da Banda Metade, onde faz grande sucesso, e é empresária da Banda Forrozão Fetiche. A cantora mora em Campina do Barreto, no Arruda, e tem uma filha de quatro anos, fruto de um casamento que não durou. Está solteira e diz que não pretende se casar novamente.
Desde criança, minha paixão sempre foi cantar. Eu pegava o desodorante, ia para frente do espelho e ficava cantando e dançando. Nunca trabalhei antes de entrar para o mundo da música e só estudei até o 2° grau. Hoje acho que não tenho mais idade para voltar aos estudos.
Comecei minha carreira cantando em bandas de baile. Depois passei dois anos na Banda Cabaré.  Foi quando recebi um convite para cantar na Banda Metade, onde passei cinco anos e obtive grande reconhecimento do público. Mas não estava satisfeita com o retorno financeiro e resolvi sair para montar a minha própria banda, a Forrozão Fetiche, assim eu achava que ganharia mais dinheiro. Depois o dono da Banda Metade resolveu me dar 50% dos lucros se eu decidisse voltar. Eu aceitei e permaneço  até hoje cantando na Metade.
Eu tenho uma vida super normal. Saio às ruas para fazer compras tranquilamente, saio com meus amigos para me divertir e adoro quando meus fãs me reconhecem. É sempre muito bom quando somos reconhecidos e queridos pelo nosso trabalho. Conheço dez fãs meus que têm meu nome tatuado no corpo, e isso é muito satisfatório pra mim.
Um dia de show é um dia comum como outro qualquer. Acordo às 7h, preparo meu café da manhã e o da minha filha. Tenho uma dieta bem saudável e já acostumo minha pequena da mesma maneira. Faço uma mesa farta com frutas, queijo, leite, suco e pães integrais. Eu tenho uma alimentação balanceada, primeiro porque eu preciso estar em forma, pois minha profissão exige isso de mim; segundo que é importante se alimentar bem para não ficar doente. Depois que como, levo minha filha para a escola e volto para ensaiar o show que vai acontecer à noite.
Na hora do almoço já tenho uma ajudante na cozinha, preparando a refeição. Coloco na mesa arroz integral, peito de frango grelhado, uma bandeja de salada, frutas e suco. Nada de gordura nem de refrigerante, só em ocasiões especiais. Depois que como, coloco minha filha pro banho e vou assistir televisão. Descansamos um pouco e depois ajudo minha pequena nas tarefas que vêm da escola. Tenho que cobrar mesmo, não posso acostumar minha filha só com lazer, tenho  que mostrar pra ela que estudar é importante. Não quero que ela cresça com preguiça de ler e fazer as tarefas.
À noite eu ligo para o produtor da Banda Metade, procurando saber se está tudo certo para o show. Aí começo a organizar minhas roupas e maquiagem na mala e espero o ônibus da banda. Minha filha fica sob os cuidados da minha secretária. Ainda é muito nova para frequentar meus shows.
 Chegando no camarim começo  a vestir minha roupa e eu mesma ajeito meu cabelo e faço minha maquiagem. No palco é pura emoção. Meus olhos brilham quando vejo meus fãs gritando, cantando minhas músicas inteiras. Na platéia vejo um misto de classes A, B, C e D. E eu fico feliz com isso, porque antes o brega era considerado como divertimento dos pobres e hoje existe essa mistura. 
Quando acaba o show eu agradeço ao público pela presença e sigo até o camarim. Lavo o rosto, troco de roupa e vou pro ônibus, onde vou dormindo até a minha casa. Chegando, vou deitar perto da minha filha e no outro dia tudo acontece como de costume.

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